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Somos alunos de Enfermagem do período noturno - 7o semestre A 2011 da UNIITALO

segunda-feira, 4 de abril de 2011

“Tempos Modernos” (Charles Chaplin)

Maria Elisete RA: 218421
Maria Aparecida Brito RA: 21903
Diane Maria RA: 18562
Charles Fabio RA: 22040
Mariana Lhamas Rangel RA: 31621

Resenha - Filme: “Tempos Modernos” (Charles Chaplin)

Com a Revolução Industrial, a partir do século XVIII, a sociedade passou por grandes transformações. A partir daí, as culturas que eram majoritariamente rurais, com o advento tecnológico e fabril, a população que ora estava no campo começa a migrar para a cidade. Durante o século XIX, a população de trabalhadores nas fábricas era diversificada (homens, mulheres e inclusive crianças). Sem direitos, com somente obrigações junto aos seus empregadores, os trabalhadores eram explorados, às vezes, inclusive até a morte.
Desde o início do filme, Chaplin, genialmente demonstra o processo de evolução tecnológica e de produção. Descrevendo os trabalhadores como “rebanho” em direção às fábricas. Assim, o autor constrói uma crítica inteligente ao retratar a linha de produção, que a partir dos conceitos de Ford e Taylor, preconizam a máxima produção, esforço, de forma repetida, em linha, sem ter a dimensão de todo processo de fabricação do produto final. O trabalhador era capaz (ainda pode ser?) de trabalhar a vida inteira numa parte da produção de um determinado produto sem ter a dimensão de como se estrutura o todo (especialização). Contrariamente, assim como Carl Marx, Chaplin descreve no filme a “coisificação” do processo de produção, quando homem e máquina se confundem e o trabalhador perdia (ainda perde) a dimensão do todo, tanto do produto como do processo de produção. O mesmo pode ocorrer em todos os processos de trabalho, inclusive na saúde, quando o sujeito perde a dimensão de todo de seu trabalho.
No decorrer do filme elementos importantes, como as revoltas dos trabalhadores, as greves do começo do Século XX, duramente massacradas, a quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, quando ocorreram diversas falências e desemprego em massa. Fica nítida a sujeição dos trabalhadores aos seus empregadores e a necessidade de ampliar a visão de mundo para cada situação, sujeito, coletivos e a produção de sentido quanto ao que se produz. Seja no mundo dos negócios, seja no cuidado em Saúde. Assim como nos hospitais em que os funcionários são submetidos a jornadas de trabalho exaustivas e gerentes cujas teorias de administração são focadas no produto e não no ser humano. Como isso pode ser possível na área da saúde onde há gente cuidando de gente?!
Chaplin chama atenção quanto às implicações do desenvolvimento tecnológico necessitar do acompanhamento do melhor envolvimento do homem quanto ao seu trabalho. Assim como Marx, Chaplin faz uma crítica direta ao Modelo Capitalista de produção (acumulativo e exploratório da força de trabalho do homem) em detrimento a produção de sentido deste trabalho ao sujeito, ou seja, para Chaplin o trabalho coisifica o homem, o tornando sem desejo, o massificando em seus processos, inclusive de vida.
Durante o século XX com o apogeu do Capitalismo, a consolidação dos processos tecnológicos, em detrimento aos processos de desenvolvimento humano, cada dia mais as coisas, máquinas ganham força diante do homem. Assim, com todo desenvolvimento tecnológico de produção, inclusive na saúde, com a evolução de equipamentos, diagnósticos, tratamentos e informações avançados já no século XXI, um período de avanços importantes no mundo da ciência e da informação. Assim, “Tempos Modernos” se torna tão atual, quando possibilita a reflexão entre o processo de trabalho, o que se produz quem produz e como produz, principalmente na saúde, campo do cuidado da vida, em que o trabalho não é algo mecânico, mas processo fundamental, pois se trata de relação entre pessoas, com pessoas e para pessoas.
Diferente das maquinas e produções fabris, o trabalhador da saúde deve estar atento a si, o seu campo de trabalho e conjunto de determinantes para que haja uma equação equilibrada entre quantidade e qualidade na produção do cuidar do outro.

postado por: Fabiana Felix

Um comentário:

  1. Acho que este filme está mais atual do que nunca, e a "coisificação", principalmente do ser humano, como ser tratado e ser tratante. Daniel

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